PARA ONDE CAMINHA A IGREJA?
(Isac Machado de Moura)
Igrejas,
Projetos,
Comunidades,
Dogmas,
Doutrinas,
Tradições,
Costumes,
Pessoas.
O que representam as pessoas?
Prioridade?
Estatística?
Números apenas?
As pessoas têm fé,
Têm família,
Têm estômago.
As pessoas são vítimas de desigualdades.
E a igreja nisso tudo?
Amém?
Sermão, boa música e tudo bem?
Resolve tudo a oração?
Para onde caminha a igreja?
Em que direção vamos?
A igreja somos homens,
Mulheres,
Crianças,
A igreja é esperança.
Evangelho social,
Teologia da libertação,
Pode ser uma boa direção.
O estômago primeiro,
Depois o evangelho,
Ou nada fará sentido.
Que momento é esse do Cristianismo,
Em que ignora-se o socialista “pão e peixe para todos”
E valoriza-se o capitalista
“farinha pouca, meu pirão primeiro”?
E os líderes,
O que fazem, de fato, pelo seu povo,
Pelas suas ovelhas,
Além de negociarem seus votos,
De fecharem acordos,
De se beneficiarem,
Alegando visão e audição apuradas,
Sobrenaturais até?
Estou farto.
Apesar de tudo isso,
Ainda existem líderes
Que a exemplo de Francisco de Assis,
Embora sem o extremo voto de pobreza,
Entendem que suas necessidades,
E apenas elas,
Precisam ser atendidas,
E dispensam o luxo,
E esquecem de si próprios
E vivem pelo seu povo;
Aqueles, que a exemplo de Cristo,
Se dispõem a dar a vida
Por suas ovelhas;
Aqueles, que assim como Luther King
(um norte-americano do bem),
leva seu povo a entender
que as diferenças existem
e devem ser respeitadas
e que as desigualdades, essas sim,
precisam ser exterminadas,
e que pior que a maldade dos maus
é o silêncio dos bons;
líderes que entendem
que o mais importante
não é a denominação,
mas os princípios universais
de amor ao outro
estabelecidos por Cristo;
que todos fazemos parte de uma teia,
que todos somos gente,
e que, consequentemente, temos falhas.
Gosto de líderes povo,
De líderes gente,
Que embora austeros,
Não são autoritários,
Dos que diferenciam autoridade de autoritarismo,
Dos que dominam a si mesmos.
Gosto de Gandhi,
Que embora portador de uma natureza violenta,
Tornou-se símbolo da paz;
Gosto de Luther King,
Que embora chamado para o sacerdócio,
Não deixou de lado as lutas sociais do seu povo,
Ou, que embora lutador das causas sociais,
Não renunciou ao sacerdócio;
Gosto de João Paulo II,
Que embora conservador,
Conquistou uma geração de católicos e não-católicos;
Gosto de líderes que mudam,
Que são “metamorfoses ambulantes”,
Que reconhecem quando erram e se desculpam,
Que não negociam a fé,
Nem a sua, nem a dos outros;
Gosto de líderes que falham.
UMA TEOLOGIA QUE APROXIME
(Isac Machado de Moura)
Sonho com uma teologia que una mais
e divida menos;
com uma teologia que não me faça
olhar para meu irmão católico
e vê-lo como um não-cristão;
com uma teologia que me permita
olhar para o meu semelhante
praticante de cultos não-cristãos
e vê-lo como alguém importante para Deus,
como alguém por quem Cristo também morreu,
como alguém tão especial quanto eu.
Sonho com uma teologia não-segregacionista,
com uma teologia menos denominacional
e mais cristã.
Sonho com uma teologia cristã que me permita
ver em Buda, Gandhi, Confúcio,
Madre Tereza, João Paulo II, Luther King,
um objetivo comum, ainda que por caminhos diferentes;
Com uma teologia que me faça pensar,
questionar, entrar em crise e sair dela (ou não),
e que me leve a entender que acima da própria teologia
está o outro, o ser humano,
a criação mais fantástica de Deus;
que embora praticante de outro culto,
que embora diferente de mim,
que embora defensor de outros dogmas,
de outras doutrinas, de outra teologia,
continua meu semelhante,
alvo do amor de Cristo,
mais importante que qualquer teologia.
É essa teologia que aprendi,
É nela que acredito,
É esse Cristianismo que vivo,
É essa teologia que respiro.
COMPANHEIRO, a proposta de atividade do módulo FILOSOFIA DA RELIGIÃO é a seguinte: após a leitura cuidadosa dos dois textos acima, você deverá:
1- Reponder, através de um texto produzido por você, a pergunta-título do texto.
2- Fazer uma abordagem crítica a partir do conteúdo do segundo texto sobre a prática segregacionista de alguns segmentos do Cristianismo. Sua resposta deverá partir de uma visão fiósófica e/ou teológica.
(Isac Machado de Moura)
Igrejas,
Projetos,
Comunidades,
Dogmas,
Doutrinas,
Tradições,
Costumes,
Pessoas.
O que representam as pessoas?
Prioridade?
Estatística?
Números apenas?
As pessoas têm fé,
Têm família,
Têm estômago.
As pessoas são vítimas de desigualdades.
E a igreja nisso tudo?
Amém?
Sermão, boa música e tudo bem?
Resolve tudo a oração?
Para onde caminha a igreja?
Em que direção vamos?
A igreja somos homens,
Mulheres,
Crianças,
A igreja é esperança.
Evangelho social,
Teologia da libertação,
Pode ser uma boa direção.
O estômago primeiro,
Depois o evangelho,
Ou nada fará sentido.
Que momento é esse do Cristianismo,
Em que ignora-se o socialista “pão e peixe para todos”
E valoriza-se o capitalista
“farinha pouca, meu pirão primeiro”?
E os líderes,
O que fazem, de fato, pelo seu povo,
Pelas suas ovelhas,
Além de negociarem seus votos,
De fecharem acordos,
De se beneficiarem,
Alegando visão e audição apuradas,
Sobrenaturais até?
Estou farto.
Apesar de tudo isso,
Ainda existem líderes
Que a exemplo de Francisco de Assis,
Embora sem o extremo voto de pobreza,
Entendem que suas necessidades,
E apenas elas,
Precisam ser atendidas,
E dispensam o luxo,
E esquecem de si próprios
E vivem pelo seu povo;
Aqueles, que a exemplo de Cristo,
Se dispõem a dar a vida
Por suas ovelhas;
Aqueles, que assim como Luther King
(um norte-americano do bem),
leva seu povo a entender
que as diferenças existem
e devem ser respeitadas
e que as desigualdades, essas sim,
precisam ser exterminadas,
e que pior que a maldade dos maus
é o silêncio dos bons;
líderes que entendem
que o mais importante
não é a denominação,
mas os princípios universais
de amor ao outro
estabelecidos por Cristo;
que todos fazemos parte de uma teia,
que todos somos gente,
e que, consequentemente, temos falhas.
Gosto de líderes povo,
De líderes gente,
Que embora austeros,
Não são autoritários,
Dos que diferenciam autoridade de autoritarismo,
Dos que dominam a si mesmos.
Gosto de Gandhi,
Que embora portador de uma natureza violenta,
Tornou-se símbolo da paz;
Gosto de Luther King,
Que embora chamado para o sacerdócio,
Não deixou de lado as lutas sociais do seu povo,
Ou, que embora lutador das causas sociais,
Não renunciou ao sacerdócio;
Gosto de João Paulo II,
Que embora conservador,
Conquistou uma geração de católicos e não-católicos;
Gosto de líderes que mudam,
Que são “metamorfoses ambulantes”,
Que reconhecem quando erram e se desculpam,
Que não negociam a fé,
Nem a sua, nem a dos outros;
Gosto de líderes que falham.
UMA TEOLOGIA QUE APROXIME
(Isac Machado de Moura)
Sonho com uma teologia que una mais
e divida menos;
com uma teologia que não me faça
olhar para meu irmão católico
e vê-lo como um não-cristão;
com uma teologia que me permita
olhar para o meu semelhante
praticante de cultos não-cristãos
e vê-lo como alguém importante para Deus,
como alguém por quem Cristo também morreu,
como alguém tão especial quanto eu.
Sonho com uma teologia não-segregacionista,
com uma teologia menos denominacional
e mais cristã.
Sonho com uma teologia cristã que me permita
ver em Buda, Gandhi, Confúcio,
Madre Tereza, João Paulo II, Luther King,
um objetivo comum, ainda que por caminhos diferentes;
Com uma teologia que me faça pensar,
questionar, entrar em crise e sair dela (ou não),
e que me leve a entender que acima da própria teologia
está o outro, o ser humano,
a criação mais fantástica de Deus;
que embora praticante de outro culto,
que embora diferente de mim,
que embora defensor de outros dogmas,
de outras doutrinas, de outra teologia,
continua meu semelhante,
alvo do amor de Cristo,
mais importante que qualquer teologia.
É essa teologia que aprendi,
É nela que acredito,
É esse Cristianismo que vivo,
É essa teologia que respiro.
COMPANHEIRO, a proposta de atividade do módulo FILOSOFIA DA RELIGIÃO é a seguinte: após a leitura cuidadosa dos dois textos acima, você deverá:
1- Reponder, através de um texto produzido por você, a pergunta-título do texto.
2- Fazer uma abordagem crítica a partir do conteúdo do segundo texto sobre a prática segregacionista de alguns segmentos do Cristianismo. Sua resposta deverá partir de uma visão fiósófica e/ou teológica.
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